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Incêndio paralisa Heathrow e afeta voos do Brasil; prejuízo pode passar de R$ 370 milhões

Um incêndio em uma subestação elétrica nesta sexta-feira, 21 de março, fez com que o Aeroporto de Heathrow, em Londres, fosse fechado completamente. Isso causou problemas em voos pelo mundo todo e afetou passageiros brasileiros. O aeroporto, que é o mais movimentado da Europa, teve suas operações paralisadas, prejudicando milhares de pessoas e gerando prejuízos para as companhias aéreas.

Três voos que saíram do Brasil foram afetados – dois da British Airways e um da Latam. Além disso, outro voo que sairia de São Paulo nem conseguiu decolar.

 Incêndio paralisa o aeroporto de Heathrow e causa prejuízos.
O governo britânico prometeu uma investigação completa para entender as causas do incêndio |Foto: Reprodução/Getty Images

O voo BA246, da British Airways, saiu de São Paulo na noite de quinta-feira com destino a Londres. Mas, com o fechamento de Heathrow, ele teve que pousar em Madri, no Aeroporto de Barajas. O mesmo aconteceu com o BA248, que partiu do Rio de Janeiro, e com o LA8084, da Latam, que saiu de São Paulo. Os passageiros desses voos desembarcaram na capital da Espanha e tiveram que esperar uma nova forma de seguir viagem.

Já os passageiros do voo BA240, que ia de São Paulo para Londres, tiveram ainda mais problemas. Eles chegaram a embarcar, mas, como não havia um aeroporto disponível para pouso seguro, o voo foi cancelado antes da decolagem. Muitas pessoas reclamaram nas redes sociais, preocupadas com conexões perdidas, mudanças inesperadas de rota e a incerteza sobre quando chegariam ao destino.

O aeroporto de Heathrow ficará fechado até pelo menos 23h59 no horário local (20h59 no horário de Brasília) desta sexta-feira. Isso também afetou os voos que sairiam de Londres para o Brasil, que foram cancelados ou remarcados.

A British Airways informou que está ajudando os passageiros a embarcar em outros voos ou oferecendo reembolso. Já a Latam disse que está prestando assistência aos passageiros do voo LA8084 e aguarda a normalização da situação para retomar suas operações.

Impacto global

De acordo com o site Flightradar24, o problema em Heathrow fez com que pelo menos 1.351 voos fossem cancelados ou tivessem que mudar de horário, afetando cerca de 145 mil passageiros em todo o mundo só na sexta-feira. Heathrow é um dos aeroportos mais importantes do mundo, com voos para mais de 180 lugares e atendendo, em média, 220 mil pessoas por dia. Por isso, qualquer interrupção em suas atividades causa uma grande confusão, prejudicando conexões entre voos e o funcionamento de várias companhias aéreas.

O prejuízo financeiro também foi grande. Especialistas acreditam que as perdas para o aeroporto e para as companhias aéreas podem passar de 50 milhões de libras esterlinas (aproximadamente R$ 370 milhões). Isso porque as empresas tiveram que lidar com cancelamentos, realocação de passageiros, hospedagem, reembolsos e até danos à sua reputação. Além disso, o fechamento do aeroporto atrapalhou o transporte de cargas, atrasando entregas e afetando empresas que dependem dessas mercadorias.

O problema começou com um incêndio em um transformador na subestação elétrica de Hayes, no oeste de Londres. O transformador tinha 25 mil litros de óleo e, ao pegar fogo, causou um grande apagão, deixando até 100 mil casas sem luz e afetando também o aeroporto.

Esse incidente levantou dúvidas sobre a infraestrutura de Heathrow. O diretor da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), Willie Walsh, criticou a dependência do aeroporto de uma única fonte de energia e disse que isso é “inadmissível” para um lugar tão importante.

Por se tratar de um local essencial para o Reino Unido, a polícia antiterrorismo foi chamada para investigar o caso. No entanto, até agora, as autoridades não encontraram sinais de crime ou sabotagem e acreditam que foi um acidente causado por um problema elétrico grave.

A British Airways, a maior companhia aérea que opera em Heathrow, admitiu que a paralisação vai afetar seus voos nos próximos dias. Enquanto isso, o governo britânico prometeu uma investigação completa para entender o que aconteceu e evitar que algo parecido aconteça novamente. “Ainda há perguntas a serem respondidas, mas nossa prioridade agora é reduzir os impactos do incidente”, disse um porta-voz do primeiro-ministro.

Consequências a longo prazo

A crise deve continuar afetando o aeroporto mesmo após a reabertura. Como os terminais 2 e 4 ainda estão sem energia e as autoridades recomendam que os passageiros evitem Heathrow até que tudo seja resolvido, os impactos podem durar vários dias. A paralisação pode causar uma ocorrência na cadeia, com atrasos e mudanças nos voos mundiais que afetam não só o Reino Unido, mas também outros aeroportos e companhias aéreas ao redor do Reino Unido.

Enquanto isso, os passageiros afetados tentam reorganizar suas viagens, enfrentando longas filas, dificuldades para marcar voos e incerteza sobre quando tudo voltará ao normal.

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