Saiba como reviews de influenciadores impactam a compra da GenZ

A Geração Z, composta por jovens entre 14 e 28 anos, tem um comportamento de consumo cada vez mais digital e criterioso. Uma pesquisa realizada pelo InstitutoZ, da consultoria Trope, em parceria com a YouPix, revelou que as reviews feitos por influenciadores desempenham um papel significativo na tomada de decisão desses consumidores.

De acordo com o estudo, 47% dos entrevistados confiam consideravelmente nas recomendações de influenciadores, enquanto 44% acreditam que essas opiniões não são determinantes. Isso demonstra que, embora os criadores de conteúdo sejam relevantes, a Geração Z não segue cegamente as recomendações e busca validar informações antes de realizar uma compra.

O papel dos influenciadores na jornada de compra

O levantamento mostra que a Geração Z valoriza a credibilidade do influenciador e não apenas o tamanho da sua audiência. Para 37% dos entrevistados, os creators de base pequena ou média são mais confiáveis, enquanto 56% afirmam que o número de seguidores não influencia sua percepção.

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O estudo da Trope e da YouPix mostra que o consumo digital não se baseia apenas no que é dito, mas em quem diz e como diz | Foto: Reprodução/Canva

A autoridade de um influenciador também está atrelada à sua experiência e conhecimento. Para 48% da GenZ, a formação profissional ou vivência prática do criador de conteúdo são essenciais para validar uma recomendação. No entanto, 35% priorizam a qualidade do conteúdo, independentemente das credenciais do influenciador.

“A Geração Z vê os influenciadores como curadores de tendências e referências para decisões de compra. Muitos deles constroem sua autoridade com base na transparência e na confiança da audiência, recomendando apenas produtos que realmente acreditam”, explica Rafaela Lotto, CEO da YouPix, em entrevista ao Meio & Mensagem.

O impacto das avaliações e reviews

O processo de decisão de compra da Geração Z envolve diferentes etapas. Antes de adquirir um produto, os consumidores buscam assistir a reviews, acompanhar unboxings, comparar preços e verificar se há cupons de descontos disponíveis. Esse comportamento é ainda mais comum para compras de maior valor, como smartphones, televisores e consoles de videogame.

Segundo Luiz Menezes, fundador da Trope, os jovens estão atentos para identificar se um influenciador está sendo tendencioso em suas avaliações. “Eles buscam checar se aquela pessoa não está sendo favorável à empresa de forma proposital, seja por uma publicidade paga ou porque está sendo beneficiada de alguma forma”, explica em entrevista ao M&M.

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A autenticidade, portanto, é um fator crucial. Influenciadores que não demonstram transparência podem comprometer sua reputação e perder a confiança do público. “A creator economy não é só entretenimento – é uma economia real, movida pela confiança e pela autenticidade”, destaca Lotto.

Fatores que pesam na decisão de compra

O estudo aponta que a qualidade do produto é o principal critério para a decisão de compra, citado por 66% dos entrevistados. Em seguida, vêm os feedbacks de outros consumidores (59%) e o preço (53%). Além disso, a ética da marca também tem um peso relevante: 46% da GenZ consideram os valores da empresa antes de adquirir um item recomendado por um influenciador.

A pesquisa também revelou que 61% dos entrevistados já desistiram de comprar um produto após descobrirem informações negativas sobre a marca. Isso indica que a Geração Z não se limita a seguir tendências, mas analisa o impacto e os posicionamentos das empresas antes de tomar uma decisão.

O futuro do consumo digital

O estudo da Trope e da YouPix mostra que o consumo digital não se baseia apenas no que é dito, mas em quem diz e como diz. Para a Geração Z, influenciadores são mais do que criadores de conteúdo – são curadores de experiências, especialistas e fontes de credibilidade.

A transparência continuará sendo um dos pilares fundamentais da creator economy. A relação entre marcas, influenciadores e consumidores deve se fortalecer com base na autenticidade, garantindo que as recomendações feitas sejam verdadeiras e alinhadas aos interesses do público.

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